domingo, 14 de março de 2010

A noite Passada.


Ja Estava anoitecendo, aquele frio, tipico de começo de inverno, tomo meu banho, Ouço o celular tocar em cima da cama, saio do banho, esperançoso que seja ela ligando, mas quando vejo nas chamadas perdidas, era a gravaçao da operadora, relatando promoçoes. Penso comigo, o que fazer agora? Nao tenho Namorada, nem ninguem que eu possa mostrar o amor que eu tenho guardado dentro do peito. É, mas a vida segue, sabado a noite, eu nao poderia ficar em casa, principalmente sem a mulher que eu amo, mesmo nao sabendo quem é. Pego as chaves de casa, o controle do portão, entro no carro, e saio pelas ruas da cidade. O tempo está esfriando, a chuva começa a cair, perto de casa, uma feira de exposição, shows, carros, mulheres, crianças. Não, não é pra lá que eu vou, sigo a frente, o motor começa a esquentar, marcha sobre marcha a velocidade aumenta, a Adrenalina sobe, o sangue começa a movimentar sobre as artérias. Sinal Fechado, paro, abro o vidro para ver quem está no carro ao lado, sim, é alguém me desafiando. O vermelho do semaforo vai descendo, o amarelo ilustra a minha visão, consequentemente, é hora de pisar no acelerador, o barulho dos pneus atravessa a noite calma do centro das cidade, pista dupla, carro ao lado de carro, primeira, segunda, terceira, quarta, o carro ainda canta pneus, e ao lado, o carro andando junto com o meu. Mas eu nao poderia perder e terminar um sabado assim, quando acelero, recuo para a terceira marcha e o pé vai no fundo do pedal direito. A Avenida está acabando, e no final dela, só passa um carro, eu acelero mais, o sangue começa a quebrar as barreiras da cabeça, a pressão sobe, e o adversario fica para trás, mas no fim da avenida aquele carro nao consegue entrar e se choca contra uma arvore capotando mais e mais até parar no estacionamento do mercado. Eu paro o veiculo, a ventoinha liga para esfriar o motor e corro em direçao ao carro do "adversário" mas quando eu chego e vejo aquele sangue jorrando de seu corpo, tenho uma surpresa, o adversario era ela, sim, era uma mulher, linda, corpo escultural. Chamo os bombeiros, mas eles nao vem, demoram e eu fico com ela deitada nos meus braços implorando pelo socorro, quando passa um carro e para pra nos ajudar. Coloquei ela no carro e levei-a para o hospital, onde ela falece minutos depois da cirurgia. Meu mundo desaba quando recebo esta noticia, eu saio correndo entro no carro e sigo sem rumo, penso em fazer alguma besteira, quando paro e penso que seria pior. Hoje eu acordei pensando em ontem, e que ela poderia ser a mulher da minha vida, esta pessoa que eu procuro a tanto tempo e que continuo procurando. O sangue dela esta na minha roupa atirada ao chao, o carro dela esta na policia perto da minha casa, o que aumenta mais ainda o meu sofrimento. Minha vida continua, agora, sem ela, aquela que poderia ser a mulher que eu amo. Vou levar minha vida, seguir em frente e tentar tirar isto da consciencia. Amanha tenho que voltar a trabalhar, mas antes disso, vou levar flores para ela no Cemitério.