quinta-feira, 12 de abril de 2012


...Aqui Jaz um Texto...

domingo, 1 de abril de 2012

Meu céu, Sua Boca.


...Hoje pela manhã, ao acordar, percebi que necessitava escrever algo, nem que fossem linhas sem sentidos para muitos como essas, porém, pelas quais traduzem a felicidade imensa de ter vivido mais uma noite em bela companhia. Há quem diga que vêm do cérebro, outros, da imaginação, mas aqui onde peço licença para seus olhos cujo tais quem sabe irão ler estas mal traçadas linhas, posso afirmar que as mesmas advém de algo mais que um simples e singelo desvio de uma mente já excitada com tamanha felicidade. A noite já estava encaminhada por findar-se, os versos das canções adentravam-se para meus ouvidos sem fazer sentido, estava eu, obcecado pelo seu sorriso e desligado do restante do mundo. A fumaça do cigarro era levada por uma leve brisa, fria, de um céu magnifico no qual a lua predominara por dentre as pouquíssimas nuvens presentes.
...Entre um porre e outro, o calor de nossos corpos invalidava o frio que já tomara conta do cinza estampado nas pedras que compunham a calçada. Uma conversa sobre vários assuntos e uns olhares intimamente significantes mantinham o calor ativo dos corpos já próximos um do outro, ao longe, aquela música permanecia como sendo uma trilha sonora para mais uma noite magnífica e interessante. São em noites como essa que passo a sentir-me completo, lembrando desta voz, desta imagem alimentando a certeza de que aquele espaço frio e vazio que acompanhou-me durante séculos, estava por inteiro preenchido e quente, fazendo-me parecer blindado, como se nem no Alasca ou na Sibéria, em meio a todo o gelo do mundo eu estaria congelado. O Abraço forte e tímido consolava-me contemplando de um sorriso esbelto, fortalecedor, alimentando minha vontade de você. Mordendo os lábios desviara os olhos para o relógio já cansado de ficar em meu pulso torcendo para que o tempo passasse o mais devagar possível para poder ficar mais e mais tempo em sua companhia.
...Eu queria por uma única vez escrever alguma coisa bonita, destas que podemos transformar em uma paisagem linda de outono contemplando as temperaturas agradáveis que toca-nos, com todas as suas folhas amareladas e já secas voando entre os velhos bancos do bosque no ritmo da brisa que tende a soprar em intervalo de segundos. Talvez deveria aqui descrever seus olhos e cílios, seus lábios, seu sorriso incomum em contraste com um céu cheio de lua, o qual não importara a cor predominante, pois, em minha mente predomina apenas seu olhar sorridente. Poderia aqui discorrer linhas e linhas usando apenas uma explicação para a felicidade que ocupava-me na noite anterior desta, ou até mesmo, colar uma imagem, mas sinto-me na vontade de navegar palavras por estas linhas e transbordar pelas margens de uma correnteza certeira que acabaria por chegar diante de seus braços naufragando-me em seu calor. Hoje, desejos ocultos saem de minha mente em formas de palavras secas sufocantes, ao meio delas, aparece seu sorriso como consolo, pairo-me diante de um papel já rabiscado e indago-me se tudo o que aqui descrevo foi um sonho maravilhoso de um sono bom, porém, independendo, trocaria toda essa vida conturbada, agitadamente monótona por um minuto de abraço seu, sentindo sua pele encaixando na minha e assim, ouvindo sua voz bem próxima de meu ouvido, acordar-lhe com um sorriso e perceber que desta vez não foi um sonho que acaba no fim de mais um breve cochilo.